EEB CARDEAL ARCOVERDE: novembro 2012

A Aluna e a Professora irão a Belo Horizonte no final do mês para etapa semifinal.
Segue o texto.

CATEGORIA____ARTIGO DE OPINIÃO___ 2º e 3º anos do Ensino Médio

Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó ou Atingidos?

Um dos mais antigos municípios de Santa Catarina, São Carlos, tem como atrações as estâncias hidrominerais, a religiosidade do seu povo e o grande rio Uruguai, onde recentemente foi construída a usina Foz do Chapecó que trouxe algumas polêmicas para a região.Principalmente para com os moradores que tiveram suas terras alagadas.

Segundo a rádio agência NP, em maio de 2010, aproximadamente três mil famílias de treze municípios do Estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina tiveram que deixar suas casas. O motivo: suas terras foram alagadas pelas águas do Rio Uruguai, que subiram por causa da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó. A empresa responsável pela obra, Foz do Chapecó Energia S.A.,reconheceu que pouco mais de 2,4 mil famílias seriam atingidas pelo empreendimento, porém, de acordo com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o número não confirma a realidade.

Dentre essas famílias, a situação de oito delas chama a atenção. Isso porque foram alojadas durante quatro meses,em um ginásio de esportes da Prefeitura de Rio dos Índios, região do Alto Uruguai, Rio Grande do Sul.Desde então, as famílias que podem ser despejadas do local a qualquer momento, ainda não receberam qualquer indenização da empresa. O trabalhador Milto Girelli, um dos vinte e quatro moradores do ginásio, sendo oito deles crianças, relata como foi o processo de despejo das casas atingidas pela empresa.

"Estávamos morando em nossas terras, então chegaram com uma ordem judicial, demoliram nossas casas, jogaram nossas mudanças na rua e deixaram lá. Fomos tratados como bandidos."

Eu me pergunto, por que não há igualdade? Por que essas famílias são tratadas dessa forma? Penso que deveria ter igualdade e com certeza um pouco de educação.

Por que estão despejando alguns sem mesmo dar indenização para eles? Visto que todos os outros receberam, porque esas famílias estão sendo

Subordinadas? Estão passando fome, pelo fato de que alguém resolveu obrigá-los a sair de suas teras sem explicar-lhes o porquê.

Mas e empresa Foz do Chapecó Energia afirma que "as famílias alojadas no ginásio não fazem parte do público atingido pela usina."

De acordo com o diretor superintendente da Foz do Chapecó, Paulo Eduardo de Almeida Godói, as famílias são fruto de um problema social e a empresa está cumprindo com suas obrigações e atribuições.

E afirmam que eles não são proprietários de terra e nunca foram. Essas famílias não foram atingidas diretamente pelo reservatório da usina. Nenhuma das pessoas preenche qualquer um dos requisitos que foram estabelecidos. Elas são de fato problema social da região." Por isso não vamos assumir um problema social que não é nosso".

Questiono novamente. E como ficam essas pessoas que não têm mais seu lar e estão dependendo da solidariedade de outros. Querendo ou não o rio aumentou devido ao fato da construção da Usina, então deveriam se conscientizar em pagar essa indenização.

O prefeito de Rio dos Índios, Valdemar Veloso Batista,estranha a postura da empresa.Ele relata que inicialmente, a Foz do Chapecó fez até mesmo uma proposta para as famílias que fora negada várias vezes. Ele afirma que se a empresa não tem nenhuma responsabilidade, não teria sentido tentar fazer acordo de reconciliação com as famílias.

A prefeitura não desapropriou ninguém; não desapropriou terrenos e nem terras.A situação em Rio dos índios não está fácil,pois o único lugar de lazer era o ginásio de esportes que está sendo usado como alojamento para estas pessoas.E estão fazendo de tudo para as pessoas permanecerem no município. "A prefeitura, por se tratar de um município pequeno, não dispõe de recursos para ficar mantendo essas pessoas na totalidade.".

E além disso tudo,a Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó tem um faturamento de R$ 60 mil por hora. O contrato de concessão da empresa é de 35 anos, com funcionamento de 24 horas por dia, sendo que 75% dos custos da construção correspondem a R$1, 65 bilhões.

Então porque não pagar indenização para estas pessoas?

Onde está a igualdade?

Essas pessoas só pensam em fazer dinheiro, enquanto outras atingidas e que não ganharão indenização dessa empresa só pensam em como será o dia de amanhã.

Kátia Franz___ 2ª III